O prefeito de Penha Aquiles da Costa (PMDB) decretou estado de emergência no município nesta quinta-feira, dia 11. A medida é em razão da forte chuva que caiu na cidade na noite de quarta-feira (10).
Segundo informações da Defesa Civil estadual, em menos de 12 horas choveu em Penha o equivalente a 152 milímetros de chuva. As estatísticas apontam que Penha foi a segunda cidade mais afetada pelas chuvas em Santa Catarina, atrás apenas de Florianópolis.
Bairros
Todos os bairros foram atingidos pelas inundações, mais de 100 ruas alagadas. Conforme a prefeitura, 20 mil pessoas foram afetadas pela enxurrada. Quatro mil pessoas tiveram residências inundadas; 500 ficaram desalojadas.
Paredes e muros ruíram, muitas famílias perderam todos os móveis e roupas, pousadas e hotéis atingidos tiveram que remover seus hóspedes, e até veículos foram arrastados pela correnteza que transformou várias ruas de Penha em verdadeiros rios.
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Uma das regiões mais problemáticas é a Praia de São Miguel, onde duas casas partiram ao meio, a praça de esportes de São Miguel foi parcialmente destruída, e ainda existe risco de deslizamento no morro, que já é uma área apontada como comprometida por estudos técnicos feitos no ano passado.
Prejuízos
Para a municipalidade, o prejuízo também foi grande. Muitos buracos surgiram nas ruas, devido ao rompimento da tubulação, que não resistiu à forte pressão da água. O asfalto também rachou em vários pontos, além de desabamentos que prejudicam o trânsito em acessos como da Praia Vermelha. O pontilhão da Santa Lídia próximo ao Rancho Odeli caiu, assim como também foi comprometida a ponte no Rio Gravatá, onde se formou uma rachadura. Um caminhão da frota municipal também foi danificado.
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“Estamos desde as primeiras horas de hoje nas ruas, trabalhando com nossa equipe, buscando atender e socorrer as pessoas atingidas”, disse o prefeito Aquiles.
Com a decretação do estado de emergência, que foi confirmado de perto pela equipe da defesa civil do estado em visita a cidade, o governo municipal pretende captar recursos tanto para ajudar as vítimas das inundações, quanto fazer as obras de reparos que o município necessitará.
“São quilômetros de tubulação, pavimentação, e até pontes afetadas. Temos um longo caminho pela frente, onde só a perseverança e a união de todos os munícipes vão permitir atravessar esse período”, apontou Aquiles.
Há 10 anos que a entrada da Praia de São Miguel é uma tragédia anunciada. Em breve, mortes acontecerão ali, e só depois que casas e famílias inteiras forem destruídas é que o poder público vai se mexer… talvez nem assim!