Vereadores de Penha se unem para criar 11 cargos de assessor de gabinete; nós vamos pagar a conta, é claro!

A partir de 2017, os 11 vereadores de Penha terão direito a assessores de gabinete. Isso, é claro, se o projeto para reduzir em um ano o mandato de presidente da Câmara for aprovado. É a famosa troca de favores no melhor estilo “uma mão lava a outra”.

Ou seja, os dois projetos passarão.

Semana passada, escrevi sobre a intenção do PMDB em dividir a presidência do Legislativo com os quatro vereadores do partido a partir do ano que vem: Professora Juraci, Italiano, Lito e Professora Regiane. Hoje, o mandato é de dois anos e reduzir para um é uma forma de agradar a todos, não criar conflitos e passar os próximos quatro anos sem atropelos ou surpresas.

O pai da ideia, vereador Sérgio de Mello (PMDB), garante que tem os 8 votos necessários para mudar a Lei Orgânica do Município e o Regimento Interno da Câmara ainda este ano. Ele colocou no bolso os votos dele e da Juraci, pelo PMDB, tem o apoio dos democratas Clóvis e Toninho, e deve incluir na conta o sim de Isac (PR), Márcia Pinheiro (PSDB) e Claudinei (PSDB). Resta saber de quem é o oitavo voto. Será que Felipe (PSD), Jefferson (PSB), Tibeco (PSDB) e Juju (PSDB) embarcarão nessa?

Se o mandato de presidente da Casa não for reduzido esse ano, a tarefa fica para 2017. Com a Câmara na mão a partir do ano que vem, o PMDB não terá dificuldade em aprovar a mudança.

“Um assessor para chamar de meu”

Ter um assessor por gabinete é algo que agrada a todos os vereadores. Para isso, a Câmara estuda extinguir o cargo de procurador jurídico (comissionado) e outras duas cadeiras preenchidas por chegados do presidente. O salário dessa turma, somado, beira os 10 mil reais. É com parte dessa grana que os 11 assessores serão bancados. O que faltar, é claro, fica na conta do povo.

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Raffael do Prado
raffajornal@hotmail.com